quarta-feira

Atlântida e a Grécia clássica

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Colossus de Rhodes

Colossus de Rhodes Grécia
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Embroiled in a war of rivalries, ancient Greeks on the island of Rhodes were constantly defending their paradise from Macedonian siege. In 305 BC, an unsuccessful invasion led to a windfall for Rhodes, a wealth of military equipment was left behind. After selling the valuable arsenal, leaders decided to use the money to commission the sculptor Chares of Lyndus to build a colossal statue at the harbor entrance.


Starting with an immense marble base, the feet and ankles were affixed first. Then, laborers worked their way up, casting the outer skin in bronze and reinforcing the monument with an iron framework and heavy stones placed inside. After 12 years of unimaginable work, the colossal monument was complete and graced the harbor in the year 282 BC. At a height of over 100 feet (the equivalent to a 10-story building), Colossus was more than a masterpiece; it was a Wonder of the Ancient World.


A mammoth tribute to the sun god Helios, Colossus became the symbol of unity for the inhabitants of the beautiful Mediterranean seas. This gigantic, awe-inspiring statue stood at Rhodes, greeting mariners who traversed the indigo waters in search of commerce. 
Historic descriptions of Colossus are varied and differing in design. Explorers to the area gave their personal accounts, recording their interpretations in diaries and letters. Mosaics and drawings of Colossus were also created throughout history, however, they were subject to the artist’s imagination. No official record of the actual placement and appearance of Colossus exists, but descriptions handed down from generation to generation give modern architects the essence of its majesty and grandeur.

A popular interpretation has the statue straddling the harbor entrance, with a raised arm holding a blazing fire overhead. Although modern architects doubt that the statue could have spanned the large harbor, it is almost impossible to reconstruct how Rhodes would have looked in ancient times. The romantic interpretation prevails, with a welcoming statue overlooking the incoming ships from its vantage point over the harbor.

Standing proudly for nearly 60 years, Colossus was an honored achievement. But a devastating earthquake would destroy the pride of Rhodes, breaking it at the knee and sending it crashing. As an offer of friendship, the great Ptolemy III Eurgetes of Egypt offered to cover the restoration costs, but an oracle forbade the resurrection.

The broken statue lay ruined for almost a millennium. Citizen Pliny wrote, “Few people can make their arms meet round the thumb.” In AD 654 , the Arabs invaded Rhodes. They broke apart the remaining pieces of Colossus and sold the remnants to a man in Syria. Reportedly, it took 900 camel loads to deliver the scraps.

Since the rise and fall of Colossus, artists have been inspired by the idea of such an immense effigy. French sculptor Auguste Bartholdi was greatly influenced by Colossus and the ancient technique of repoussé. In his famous work, the Statue of Liberty, thin sheets of copper were hammered from the inside into negative molds created from plaster or clay. Then, the metal skin was hung from an internal support framework, just like the ancient Greeks utilized in the building of Colossus.

With its incredible history and classic Greek profile, Colossus of Rhodes is one of mankind’s greatest achievements, inspiring artists and architects to build higher, farther and bigger. Like Colossus reaching for the sky, mankind is limited only to its imagination.
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domingo

O FMI e a fome

Banksy
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) haviam prometido que o aumento do fluxo de mercadorias contribuiria para erradicar a pobreza e a fome. Culturas agrícolas locais? Autonomia alimentar? Eles tinham encontrado soluções mais inteligentes: a agricultura local seria abandonada ou orientada para a exportação. Desse modo, tirar-se-ia o melhor partido, não de condições naturais – mais favoráveis, por exemplo, ao tomate mexicano ou ao ananás filipino – mas de custos de exploração mais baixos nesses dois países do que na Florida ou na Califórnia.

O agricultor maliano confiaria a sua alimentação às firmas cerealíferas da Beauce ou do Midwest, mais mecanizadas, mais produtivas. Retirando-se dos seus campos, iria aumentar a população das cidades tornando-se operário numa empresa ocidental, que deslocalizara as suas actividades para tirar proveito da mão-de-obra mais barata. Do mesmo passo, os Estados costeiros de África diminuiriam o peso da sua dívida externa vendendo os seus direitos de pesca aos navios-fábricas dos países mais ricos. Bastaria depois que os guineenses comprassem conservas de peixe dinamarquesas ou portuguesas [1]. E apesar do aumento da poluição gerada pelos transportes, o paraíso estava garantido. O lucro dos intermediários (empresas de distribuição, transitários, seguradoras, publicitários) também…

Subitamente, o Banco Mundial, preceptor desse modelo de «desenvolvimento», anuncia que vai haver motins da fome em 33 países. E a OMC alarma-se com um regresso ao proteccionismo, notando que vários países exportadores de géneros alimentícios (Índia, Vietname, Egipto, Cazaquistão…) decidiram reduzir as suas vendas ao estrangeiro de modo a garantir – que impudência! – o sustento da sua população. O Norte, de imediato, sentiu-se chocado com o egoísmo dos outros. É porque os chineses comem muita carne que os egípcios têm falta de trigo…

Os Estados que seguiram os «conselhos» do Banco Mundial e do FMI sacrificaram a sua agricultura de produção local. Já não podem, portanto, reservar para si próprios as suas colheitas. Ora! Irão pagar tais géneros, é a lei do mercado. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) já calculou o disparo da sua factura de importação de cereais: 56 por cento num ano. Logicamente, o Programa Alimentar Mundial (PAM), que alimenta todos os anos 73 milhões de pessoas em 78 países, reclamou 500 milhões de dólares suplementares.

Mas as suas pretensões devem ter sido consideradas extravagantes, visto apenas ter obtido metade do que pediu. E no entanto limitou-se a mendigar um montante correspondente a umas quantas horas de guerra no Iraque e um milésimo do que a crise do subprime vai custar ao sector bancário, generosamente socorrido, quanto a ele, pelos Estados. Podemos calcular estas coisas ainda de outra maneira: o PAM implorou para os seus milhões de esfomeados… 13,5 por cento das quantias ganhas o ano passado unicamente por John Paulson, o dirigente de um fundo especulativo suficientemente esperto para prever que centenas de milhares de americanos iriam ficar em falência imobiliária. Ignoramos quanto irá render, e a quem, a fome que já começou, mas numa economia moderna nunca se perde nada.

Tudo se recicla: uma especulação enxota a outra. Depois de ter alimentado a bolha Internet, a política monetária da Reserva Federal (Fed) estimulou os americanos a endividarem-se. E a bolha imobiliária inchou. Em 2006, o FMI ainda considerava o seguinte: «Tudo indica que os mecanismos de atribuição de crédito no mercado imobiliário dos Estados Unidos continuaram a ser relativamente eficazes». Mercado-eficaz: não se deveriam colar estas duas palavras de uma vez para sempre? Senão vejamos: rebentou a bolha imobiliária – e os especuladores reabilitaram um velho Eldorado, os mercados de cereais. Adquirindo contratos de fornecimento de trigo ou de arroz para uma data futura, contam revendê-los por mais caro preço. Coisa que prolonga o aumento dos preços, e a fome…

Que faz então o FMI, apetrechado, segundo o seu director-geral, com a «melhor equipa de economistas do mundo»? Ele explica: «Uma das formas de resolver as questões da fome é aumentar o comércio internacional». O poeta Léo Ferré escreveu um dia: «Para que o próprio desespero se venda, basta encontrar a fórmula».

Parece que já foi encontrada.

por Serge Halimi

quinta-feira 8 de Maio de 2008

fonte: http://pt.mondediplo.com/spip.php?article184

sexta-feira

A Lei

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As sábias palavras de Floyd Red Crow Westerman e de Oren Lyons.
Imagens do documentário "Planet Earth" de David Attenborough.