quarta-feira

A performance dos Estorninhos

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Afinal são Estorninhos, que todos os dias fazem esta bela performance muito perto de Oxford, na reserva RSPB, Otmoor.
Simplesmente... belo.

terça-feira

Murmúrios

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A chance encounter and shared moment with one of natures greatest and most fleeting phenomena.

O vôo dos estorninhos em Dartmoor - Inglaterra.

quarta-feira

Serpent of Light: Beyond 2012

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Primeiro de três vídeos que apresentam a obra Serpent of Light: Beyond 2012 de Drunvalo Melchizedek.

quinta-feira

Lilou's Juicy Living

Fui ao site da Lilou Mace, a moça que entrevistou o Drunvalo no último post, e ela faz entrevistas fantásticas!!

aqui o endereço> http://juicylivingtour.com/

O primeiro que vi foi uma entrevista a Anamika... e a mensagem era tudo o que precisava ouvir hoje. Chama-se "O novo paradigma do Amor".
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Thank you Lilou!!

Drunvalo entrevistado em Sedona

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Drunvalo Melchizedek é entrevistado por Lilou. Este vídeo está dividido em 3.
1- Anjos e dimensões;
2- Rápida evolução que se segue; Os tempos que vivemos e o chave para estarmos bem; O poder do coração; O que realmente precisamos de saber AGORA!!!
3- A importância de nos centrarmos no coração durante este período de Transição.
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Lilou's Juicy Living

quinta-feira

Eckhart Tolle

O que é a Meditação?.

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Como largamos o hábito de pensar demais

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A presença nos relacionamentos

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Iluminação

quinta-feira

A Flor da Vida

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Drunvalo Melchizedek expõe o segredo perdido por milhares de anos sobre a Geometria Sagrada. Explica a Flor da Vida e apresenta-a como base de tudo o que existe na Natureza e no Universo. Fala-nos de extraterrestres, da MerKaBa como veículo interdimensional, das crianças índigo e das super-psíquicas e muitas outras coisas fascinantes.
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Encontrei também um artigo muito bom sobre Geometria Sagrada - Flor da Vida, no blogue Filosofia Esotérica.
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quarta-feira

centro de ciência viva do Algarve

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M51 (Galáxia do Cata-vento ou NGC 5194). Galáxia espiral do tipo Sc, a 37 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cães de Caça. Magnitude aparente 8.4. A companheira mais pequena é NGC 5195.


mais aqui> http://www.ccvalg.pt/astronomia/
e aqui > http://www.sky-map.org/

sexta-feira

Oração da banda mais bonita da cidade

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Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa
Cabe o meu amor...

sábado

Matias de Stefano

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Matias De Stefano, Argentino, 22 anos, responde nesse vídeo às seguintes questões:

Como funciona o Universo? Existe o bem e o mal? Conhecemos realmente toda a história da humanidade? Como o Ser Humano apareceu? Deus existe?
O que é o Espírito? O que vai acontecer em 2012? Quem são as crianças índigo? Será que a Atlântida existiu? De onde viemos? Para onde vamos? Qual é o propósito de tudo isso?

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Sites de Matias De Stefano: Ghan  e  educacion prohibida

quinta-feira

Mensagem do Índio Seattle ao Grande Chefe Branco de Washington


Em 1854, o grande chefe branco de Washington fez uma oferta de compra de uma grande extensão de terras índias, prometendo criar uma “reserva” para o povo índio.
A resposta do chefe Seattle, aqui publicada na sua totalidade, tem sido descrita como a declaração mais bela e mais profunda que jamais foi feita sobre o ambiente.
Como se pode comprar ou vender o firmamento, ou ainda o calor da terra? Tal ideia é-nos desconhecida.
Se não somos donos da frescura do ar nem do fulgor das águas, como poderão vocês comprá-los?
Cada parcela desta terra é sagrada para o meu povo.
Cada brilhante mata de pinheiros, cada grão de areia nas praias, cada gota de orvalho nos escuros bosques, cada outeiro e até o zumbido de cada insecto, é sagrado para a memória e para o passado do meu povo. A seiva que circula nas veias das árvores leva consigo a memória dos Peles-Vermelhas.
Os mortos do Homem Branco esquecem-se do seu país de origem quando empreendem as suas viagens no meio das estrelas; ao contrário, os nossos mortos nunca podem esquecer-se desta bondosa terra, pois ela é a mãe dos Peles-Vermelhas.
Somos parte da terra e do mesmo modo ela é parte de nós próprios. As flores perfumadas são nossas irmãs, o veado, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos; as rochas escarpadas, os húmidos prados, todos pertencem à mesma família.
Por tudo isto, quando o Grande Chefe de Washington nos envia a mensagem de que quer comprar as nossas terras, está a pedir-nos demasiado. Também o Grande Chefe nos diz que nos reservará um lugar em que possamos viver confortavelmente uns com os outros. Ele se converterá, então, em nosso pai e nós em seus filhos. Por esta razão consideramos a sua oferta de comprar as nossas terras. Isto não é fácil para nós.
A água cristalina que corre nos rios e ribeiros não é somente água: representa também o sangue dos nossos antepassados.
Se lhes vendermos a terra devem recordar-se que ela é sagrada e, ao mesmo tempo, ensinar aos vossos filhos que ela é sagrada e que cada reflexo nas claras águas dos lagos conta os acontecimentos e memórias das vidas das nossas gentes.
O murmúrio da água é a voz do pai do meu pai.
Os rios são nossos irmãos e saciam a nossa sede; são portadores das nossas canoas e alimentam os nossos filhos. Se lhes vendermos a terra, devem recordar-se e ensinar aos vossos filhos que os rios são irmãos deles, e que, portanto, devem tratá-los com a mesma doçura com que se trata um irmão.
Sabemos que o Homem Branco não compreende o nosso modo de vida. Ele não sabe distinguir um pedaço de terra de outro, porque ele é um estranho que chega de noite e tira da terra o que necessita. A terra não é sua irmã mas sim sua inimiga e, uma vez conquistada, ele segue o seu caminho, deixando atrás de si a sepultura de seus pais, sem se importar com isso.
Rouba a terra aos seus filhos: também não se importa. Tanto a sepultura de seus pais como o património dos seus filhos são esquecidos. Trata a sua mãe, a terra, e o seu irmão, o firmamento como objectos que se compram, se exploram e se vendem como ovelhas ou contas coloridas. O seu apetite devorará a terra deixando atrás de si só o deserto.
Não sei mas a nossa maneira de viver é diferente da vossa. Só de ver as vossas cidades entristecem-se os olhos do Pele-Vermelha. Mas talvez seja porque o Pele-Vermelha é um selvagem e não compreende nada.
Não existe um lugar tranquilo nas cidades dos Homens Brancos, não há sítio onde escutar como desabrocham as folhas das árvores na Primavera ou como esvoaçam os insectos.
Mas talvez isto também seja porque sou um selvagem que não compreende nada. Só o ruído parece um insulto para os nossos ouvidos. Depois de tudo, para que serve a vida se o homem não pode escutar o grito solitário do noitibó nem as discussões nocturnas das rãs nas margens dum charco? Sou um Pele-Vermelha e nada entendo. Nós preferimos o sussurrar suave do vento sobre a superfície dum charco, assim como o cheiro desse vento purificado pela chuva do meio-dia ou perfumado com o aroma dos pinheiros.
O ar tem um valor inestimável para o Pele-Vermelha, uma vez que todos os seres partilham um mesmo alento ― animal, a árvore, o homem, todos respiramos o mesmo ar.
O Homem Branco não parece estar consciente do ar que respira, como um moribundo que agoniza durante muitos dias é insensível ao cheiro. Mas se lhes vendermos as nossas terras, devem recordar-se que o ar é, para nós, inestimável, que o ar partilha o seu espírito com a vida que mantém.
O vento, que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida, também recebe os seus últimos suspiros. E, se lhes vendermos as nossas terras, devem conservá-las como coisa à parte e sagrada, como um lugar onde até o Homem Branco possa saborear o vento perfumado pelas flores das pradarias.
Por tudo isso, consideraremos a vossa oferta de comprar as nossas terras. Se decidirmos aceitá-la, eu porei uma condição: o Homem Branco deverá tratar os animais desta terra como irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo outro modo de vida. Tenho visto milhares de bisontes apodrecendo nas pradarias, mortos a tiro pelo Homem Branco, da janela de um comboio em andamento.
Sou um selvagem e não compreendo como é que uma máquina fumegante pode ser mais importante que o bisonte que nós matamos para sobreviver.
Que seria do homem sem os animais? Se todos fossem exterminados, o Homem também morreria de uma grande solidão espiritual. Porque o que suceder aos animais também sucederá ao Homem. Tudo está ligado.
Devem ensinar aos vossos filhos que o solo que pisam são as cinzas dos nossos avós. Inculquem nos vossos filhos que a terra está enriquecida com as vidas dos nossos semelhantes, para que saibam respeitá-la. Ensinem aos vossos aquilo que temos ensinado aos nossos, que a terra é nossa mãe. Tudo quanto acontecer à terra acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, cospem em si próprios.
Isto sabemos: a terra não pertence ao Homem, pertence à terra. Isto sabemos. Tudo está ligado, como o sangue que une uma família. Tudo está ligado. Tudo o que acontece à terra acontecerá aos filhos da terra. O Homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da sua vida ele faz a si próprio.
Nem mesmo o Homem Branco, cujo Deus passeia e fala com ele de amigo para amigo, fica isento do destino comum. Por fim talvez sejamos irmãos. Veremos isso. Sabemos uma coisa que talvez o Homem Branco descubra um dia: o nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar nesta altura que Ele vos pertence, do mesmo modo como desejam que as nossas terras vos pertençam; porém, não é assim.
Ele é o Deus dos homens e a Sua compaixão reparte-se por igual entre o Pele-Vermelha e o Homem Branco. Esta terra tem um valor inestimável para Ele, e, se a estragamos, isso provocaria a ira do Criador. Também os Brancos acabarão um dia, talvez antes das demais tribos. Contaminem os vossos leitos e uma noite morrerão afogados nos vossos próprios resíduos.
Contudo, vocês caminharão para a vossa destruição rodeados de glória, inspirados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e que, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre ela e sobre os Peles-Vermelhas.
Esse destino é um mistério para nós próprios, pois não percebemos porque se exterminam os bisontes, se domam os cavalos selvagens, se saturam os mais escondidos recantos dos bosques com a respiração de tantos homens e se mancha a paisagem das exuberantes colinas com os fios do telégrafo. Onde se encontra já o matagal? Destruído. Onde está a águia? Desapareceu.
TERMINA A VIDA E COMEÇA A SOBREVIVÊNCIA

terça-feira

A glândula pineal ou epífese

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Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física e de Biologia. Ele é pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e em seu estudo sobre pineal , chegou à seguinte conclusão: "A pineal é um sensor capaz de 'ver' o mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica. É uma glândula, portanto, que 'vive' o dualismo espírito-matéria. O cérebro capta o magnetismo externo através da glândula pineal".

domingo

Radioactividade por Dra. Helen Caldicott

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La Dra. Helen Caldicott lleva toda la vida advirtiéndonos de los peligros de las centrales nucleares. Es una luchadora incansable de estos temas y ha sido galardonada con el premio nobel de la Paz 1985. Ahora ha salido al publico para darnos los datos de Fukushima y que ya es irreversible aunque logremos atravesar el tema actual de forma positiva, la radiactividad esta en el ambiente. y lo que no sabe nadie es que solo por comerte un trocito de pez o de verdura con radioactividad saldra en forma de Leucemia o cáncer después de los 20 años. Lo normal del Estroncio90 es que tarde entre 5, 16 o 20 años en tomar las veces de calcio en los huesos y comience a afectar a las celulas madre.
Este es el vídeo con todos los datos, habrá otro vídeo de Marysol Gonzalez Sterling con datos de lo que podemos y debemos hacer, ya que ella ha superado la Leucemia Mieloblastica aguda por stroncio90 radioactivo que lo ha superado con excelencia. Tiene muchas investigaciones al respecto que compartir. Ese video se llamara
RADIOACTIVIDAD EN LA TIERRA, COMO PODREMOS TRANSMUTARLA

Mas videos en www.fundacion-soliris.eu/worldtv.htm

segunda-feira

O fim do Sistema

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do original, "Este sistema se acaba" - José Luis Sampedro
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domingo

Qual a recompensa por trabalhar excessivamente?

One day a man, let's call him Martin, was pottering around in a beautiful forest garden in the middle of the English countryside, harvesting some autumn olives, medlars, James Grieve apples, walnuts and a whole range of unusual leafs. Martin loved forest gardening - not only was he working in complete harmony with Nature, it required only a fraction of the labour that conventional agriculture took, whilst still producing more than enough food for his family of four. But, truth be known, all he was really doing was enjoying some afternoon sunshine and eating fruits picked straight from the tree!
A businessman just happened to walk past this bountiful garden. He noticed the forest gardener was sitting in a little clearing under a plum tree, and decided to find out why this gardener was lazing around in his one acre forest garden instead of working harder to make a living for himself and his family.
"You aren't going to grow much food that way," said the businessman to the forest gardener, "you should be working hard rather than lying under the tree!" The forest gardener looked up at the businessman, smiled and replied, "And what will my reward be?"
"Well, you can buy more land so that you can grow more vegetables and fruit!" was the businessman's answer.
"And then what will my reward be?" asked the forest gardener, still smiling. The businessman replied, "You will make money and you'll be able to buy a tractor and other labour saving machines, which will then result in larger harvests of fruit and veg!"
"And then what will my reward be?" asked the forest gardener again.
The businessman was beginning to get a little irritated with the forest gardener's questions. "You can buy better machinery, and hire some people to work for you!" he said. "And then what will my reward be?" repeated the forest gardener.
The businessman was getting angry. "Don't you understand? You can build up a fleet of tractors and combine harvesters, buy more land, convert it all to intensive agriculture and let all your employees grow your fruit, nuts and veg for you!" Once again the forest gardener asked, "And then what will my reward be?"
The businessman was red with rage and shouted at the forest gardener, "Don't you understand that you can become so rich that you will never have to work for your living again! You can spend all the rest of your days sitting in this garden, looking at the sunset. You won't have a care in the world!"
The forest gardener, still smiling, looked up and said, "And what do you think I'm doing right now?"

estória retirada do blog de Mark Boyle

quarta-feira

Atlântida e a Grécia clássica

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Colossus de Rhodes

Colossus de Rhodes Grécia
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Embroiled in a war of rivalries, ancient Greeks on the island of Rhodes were constantly defending their paradise from Macedonian siege. In 305 BC, an unsuccessful invasion led to a windfall for Rhodes, a wealth of military equipment was left behind. After selling the valuable arsenal, leaders decided to use the money to commission the sculptor Chares of Lyndus to build a colossal statue at the harbor entrance.


Starting with an immense marble base, the feet and ankles were affixed first. Then, laborers worked their way up, casting the outer skin in bronze and reinforcing the monument with an iron framework and heavy stones placed inside. After 12 years of unimaginable work, the colossal monument was complete and graced the harbor in the year 282 BC. At a height of over 100 feet (the equivalent to a 10-story building), Colossus was more than a masterpiece; it was a Wonder of the Ancient World.


A mammoth tribute to the sun god Helios, Colossus became the symbol of unity for the inhabitants of the beautiful Mediterranean seas. This gigantic, awe-inspiring statue stood at Rhodes, greeting mariners who traversed the indigo waters in search of commerce. 
Historic descriptions of Colossus are varied and differing in design. Explorers to the area gave their personal accounts, recording their interpretations in diaries and letters. Mosaics and drawings of Colossus were also created throughout history, however, they were subject to the artist’s imagination. No official record of the actual placement and appearance of Colossus exists, but descriptions handed down from generation to generation give modern architects the essence of its majesty and grandeur.

A popular interpretation has the statue straddling the harbor entrance, with a raised arm holding a blazing fire overhead. Although modern architects doubt that the statue could have spanned the large harbor, it is almost impossible to reconstruct how Rhodes would have looked in ancient times. The romantic interpretation prevails, with a welcoming statue overlooking the incoming ships from its vantage point over the harbor.

Standing proudly for nearly 60 years, Colossus was an honored achievement. But a devastating earthquake would destroy the pride of Rhodes, breaking it at the knee and sending it crashing. As an offer of friendship, the great Ptolemy III Eurgetes of Egypt offered to cover the restoration costs, but an oracle forbade the resurrection.

The broken statue lay ruined for almost a millennium. Citizen Pliny wrote, “Few people can make their arms meet round the thumb.” In AD 654 , the Arabs invaded Rhodes. They broke apart the remaining pieces of Colossus and sold the remnants to a man in Syria. Reportedly, it took 900 camel loads to deliver the scraps.

Since the rise and fall of Colossus, artists have been inspired by the idea of such an immense effigy. French sculptor Auguste Bartholdi was greatly influenced by Colossus and the ancient technique of repoussé. In his famous work, the Statue of Liberty, thin sheets of copper were hammered from the inside into negative molds created from plaster or clay. Then, the metal skin was hung from an internal support framework, just like the ancient Greeks utilized in the building of Colossus.

With its incredible history and classic Greek profile, Colossus of Rhodes is one of mankind’s greatest achievements, inspiring artists and architects to build higher, farther and bigger. Like Colossus reaching for the sky, mankind is limited only to its imagination.
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domingo

O FMI e a fome

Banksy
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) haviam prometido que o aumento do fluxo de mercadorias contribuiria para erradicar a pobreza e a fome. Culturas agrícolas locais? Autonomia alimentar? Eles tinham encontrado soluções mais inteligentes: a agricultura local seria abandonada ou orientada para a exportação. Desse modo, tirar-se-ia o melhor partido, não de condições naturais – mais favoráveis, por exemplo, ao tomate mexicano ou ao ananás filipino – mas de custos de exploração mais baixos nesses dois países do que na Florida ou na Califórnia.

O agricultor maliano confiaria a sua alimentação às firmas cerealíferas da Beauce ou do Midwest, mais mecanizadas, mais produtivas. Retirando-se dos seus campos, iria aumentar a população das cidades tornando-se operário numa empresa ocidental, que deslocalizara as suas actividades para tirar proveito da mão-de-obra mais barata. Do mesmo passo, os Estados costeiros de África diminuiriam o peso da sua dívida externa vendendo os seus direitos de pesca aos navios-fábricas dos países mais ricos. Bastaria depois que os guineenses comprassem conservas de peixe dinamarquesas ou portuguesas [1]. E apesar do aumento da poluição gerada pelos transportes, o paraíso estava garantido. O lucro dos intermediários (empresas de distribuição, transitários, seguradoras, publicitários) também…

Subitamente, o Banco Mundial, preceptor desse modelo de «desenvolvimento», anuncia que vai haver motins da fome em 33 países. E a OMC alarma-se com um regresso ao proteccionismo, notando que vários países exportadores de géneros alimentícios (Índia, Vietname, Egipto, Cazaquistão…) decidiram reduzir as suas vendas ao estrangeiro de modo a garantir – que impudência! – o sustento da sua população. O Norte, de imediato, sentiu-se chocado com o egoísmo dos outros. É porque os chineses comem muita carne que os egípcios têm falta de trigo…

Os Estados que seguiram os «conselhos» do Banco Mundial e do FMI sacrificaram a sua agricultura de produção local. Já não podem, portanto, reservar para si próprios as suas colheitas. Ora! Irão pagar tais géneros, é a lei do mercado. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) já calculou o disparo da sua factura de importação de cereais: 56 por cento num ano. Logicamente, o Programa Alimentar Mundial (PAM), que alimenta todos os anos 73 milhões de pessoas em 78 países, reclamou 500 milhões de dólares suplementares.

Mas as suas pretensões devem ter sido consideradas extravagantes, visto apenas ter obtido metade do que pediu. E no entanto limitou-se a mendigar um montante correspondente a umas quantas horas de guerra no Iraque e um milésimo do que a crise do subprime vai custar ao sector bancário, generosamente socorrido, quanto a ele, pelos Estados. Podemos calcular estas coisas ainda de outra maneira: o PAM implorou para os seus milhões de esfomeados… 13,5 por cento das quantias ganhas o ano passado unicamente por John Paulson, o dirigente de um fundo especulativo suficientemente esperto para prever que centenas de milhares de americanos iriam ficar em falência imobiliária. Ignoramos quanto irá render, e a quem, a fome que já começou, mas numa economia moderna nunca se perde nada.

Tudo se recicla: uma especulação enxota a outra. Depois de ter alimentado a bolha Internet, a política monetária da Reserva Federal (Fed) estimulou os americanos a endividarem-se. E a bolha imobiliária inchou. Em 2006, o FMI ainda considerava o seguinte: «Tudo indica que os mecanismos de atribuição de crédito no mercado imobiliário dos Estados Unidos continuaram a ser relativamente eficazes». Mercado-eficaz: não se deveriam colar estas duas palavras de uma vez para sempre? Senão vejamos: rebentou a bolha imobiliária – e os especuladores reabilitaram um velho Eldorado, os mercados de cereais. Adquirindo contratos de fornecimento de trigo ou de arroz para uma data futura, contam revendê-los por mais caro preço. Coisa que prolonga o aumento dos preços, e a fome…

Que faz então o FMI, apetrechado, segundo o seu director-geral, com a «melhor equipa de economistas do mundo»? Ele explica: «Uma das formas de resolver as questões da fome é aumentar o comércio internacional». O poeta Léo Ferré escreveu um dia: «Para que o próprio desespero se venda, basta encontrar a fórmula».

Parece que já foi encontrada.

por Serge Halimi

quinta-feira 8 de Maio de 2008

fonte: http://pt.mondediplo.com/spip.php?article184

sexta-feira

A Lei

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As sábias palavras de Floyd Red Crow Westerman e de Oren Lyons.
Imagens do documentário "Planet Earth" de David Attenborough.

sábado

Prece

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Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo. 

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome. 

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai. 

[...] 

Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te. 

Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim. 

Fernando Pessoa